25 de novembro de 2017

Já doeu em mim também

25 de novembro de 2017

Eu não vim tirar com a tua cara não e muito menos rir de ti. Só queria saber, está doendo? Parece que não vai passar nunca né?

A gente mergulha em outros olhos, a gente abraça outros corpos, mas nenhum é igual né? Nenhum passa aquela segurança. Eu sei como é, ou melhor, sabia.

Quer saber de uma coisa? Tu vai girar em muitas festas, vai beber muito álcool, vai jurar que nunca mais vai se apaixonar. Mas nada disso vai apagar a porra da falta que tu vai sentir quando colocar a cabeça no travesseiro.

Nada disso vai apagar todos os momentos juntos, os sorrisos, as brincadeiras. Não adianta fugir. Tu vai sentir na pele, vai doer igual. Doeu em mim também.

E olha só, estou aqui, vivinha. Eu precisei enfrentar algumas ressacas, beijar umas bocas e proibir a menção do teu nome. Eu precisei listar teus defeitos e falar mal de ti para todas as minhas amigas, para quem sabe assim, eu acreditasse que te odiava.

Passei meses jurando de pé junto que tinha te esquecido, evitava músicas que te lembrassem, mas sempre tropeçava em alguma publicação tua. E ai, tudo escorria por água a baixo e eu era invadida por um tsunami de lembranças. Então quer um conselho?

Sente tudo, chora se quiser, vai atrás, demonstra mesmo. Só não engole tudo a seco não, porque meu bem, essa é a pior sensação que tem.